A pílula do dia seguinte
O que é a “pílula” do dia seguinte?
Entende-se por “pílula” do dia seguinte, a administração de hormonas, num prazo de tempo breve (não superior a 72 horas) depois do acto sexual. Com esta finalidade administram-se fundamentalmente doses altas de estrogénios ou de gestagénios, ou de ambos os fármacos combinados (método de Yuzpe).
Quando a administração da “pílula” se faz antes das 72 horas depois do acto sexual, a sua segurança (percentagem de que não se produza a gravidez) oscila entre 95 e 99 %.
A “pílula” do dia seguinte é abortiva?
A “pílula” do dia seguinte actua modificando a motilidade da trompa e alterando o endométrio. Deste modo, dificulta ou impede a nidação do ovulo já fecundado no útero. Portanto, pode dizer-se, que a “pílula” do dia seguinte, se houve fecundação, e for eficaz, é sempre abortiva.
(in La reprodución Humana y su Regulación, de Justo Aznar Lucea e Javier Martínez de Marigorta)
Justo Aznar Lucea. Doutorado em Medicina com Prémio Extraordinário. Chefe do Departamento de Biopatologia Clínica e Coordenador da Universidade de Investigação Bioquímica, do Hospital La Fé de Valência (Espanha).
Javier Martínez de Marigorta. Doutorado em Medicina e Cirurgia. Membro da Sociedade Valenciana de Bioética.